A Frankenstein hedonista de Emma Stone contra a caretice hollywoodiana
Atriz entrega seu melhor e mais corajoso trabalho. A newsletter ainda traz dicas de filmes e séries com o fim da greve.
Nesta edição:
O espetáculo hedonista de Emma Stone.
Nova série de faroeste com a marca de Taylor Sheridan.
Dupla de astros hollywoodianos brilha em longa de mexicano.
Música da semana.
Um estudo conduzido pela Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA) aponta que pessoas entre 13 e 24 anos querem ver menos sexo no cinema e na televisão.
Com beijos feitos em CGI, atores atuando separados em romances e o pavor dos executivos em ferir sensibilidades de toda uma geração, não chega a ser uma surpresa que adolescentes norte-americanos não se sintam confortáveis vendo conteúdo sexual nos seus programas.
Ei, o filme de maior sucesso do ano, “Barbie”, é uma obra assexuada, assim como “Super Mario Bros. O Filme" (óbvio). Na verdade, dos 10 longas mais vistos no país em 2023, apenas um (“Oppenheimer”) tem uma cena mais explícita de paixão. Não é reclamação, mas constatação.
Nem mesmo sei se isso significa que os adolescentes de hoje estão fazendo menos sexo. Hormônios não se traduzem em ingressos de cinema como no passado. Porém, é inegável que há uma caretice pop meio hipócrita que Hollywood tenta entender e embarcar como se a sensualidade dos corpos fosse um menosprezo ao intelecto.
Sexo é um tabu nos EUA. Sempre foi. Não estou falando algo novo. É a mesma coisa com álcool. Tem a ver com o tipo de colonização. E não lidar com o assunto sob a batuta da restrição não funciona. Em nenhum caso. Frustrações e exageros quando não estão olhando tomam conta da sociedade por aqui. Hollywood só reflete isso por medo.
Mas nem tudo está perdido no cinema americano. Mesmo que precise da ajuda de um grego para isso.
E de Emma Stone em seu melhor e mais corajoso papel na carreira!
Que mulher.