A nova vida de "Um Dia".
Netflix ressuscita o romance de Emma e Dex como série, mas o Carnaval traz mais opções para a folia no sofá.
Nesta edição (menor por causa do Carnaval):
Fenômeno literário “Um Dia” ganha nova vida na Netflix.
Animação com DNA de “Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças”.
A volta de uma das melhores série policiais dos últimos anos.
Música da semana.
Se você sabia ler, gostava de música pop e viveu a década de 2010, as chances de ter devorado “Um Dia”, livro de David Nicholls, é enorme.
Eu devorei, pelo menos.
E me apaixonei pela história de amor da desajeitada Emma e o molecão boa-pinta Dexter.
O livro tem um formato que poderia ser limítrofe, mas termina sendo exatamente o oposto: ele acompanha o casal citado acima no dia 15 de julho, mas ao longo de 20 anos.
Começa em 1988, quando Dex e Emma se formam na linda cidade de Edimburgo, na Escócia, talvez a mais linda que conheci na vida. Os dois estão claramente loucos um pelo outro. Dormem juntos, mas não fazem sexo. Ficam amigos. E suas vidas tomam caminhos opostos, mas nunca os separam. E há intersecções e dramas. E há a questão de “será que ficarão juntos no fim?”
Se você não sabe, não vou dizer.
A obra ganhou uma adaptação minguada, mas decente para o cinema, em 2011, dirigida por Lone Scherfig (“Educação) e protagonizada por Anne Hathaway e Jim Sturgess -e roteirizada pelo próprio Nicholls.
Com a decadência dos romances no cinema e o sucesso da obra original, que vendeu mais de cinco milhões de cópias em dezenas de línguas, “Um Dia” parecia fadado a ficar neste círculo literário.
Mas a Netflix decidiu dar uma nova vida para Emma e Dex numa série que estreou nesta quinta-feira (8).
Medo.
Será que funcionou?