A volta ousada de Demi Moore
Uma das atrizes mais famosas dos anos 90 retorna aos holofotes com papel que vai do crítico ao grotesco em "A Substância".
Nesta edição:
Demi Moore investiga obsessão pela beleza e juventude feminina em “A Substância”.
Minissérie inédita no Brasil sobre roubo em noite histórica do boxe traz elenco fantástico.
“O Casal Perfeito”, a série imperfeita.
Novo horror da A24.
Dramédia adolescente fofa é uma das surpresas do ano.
Música da semana.
Quando a diretora Coralie Fargeat estava prestes a completar 40 anos, começou a se sentir deprimida.
Na sua cabeça, ela achava que havia chegado “ao fim da vida”, uma pressão que muitas mulheres sentem com o passar das décadas e as mudanças físicas. “Fui levada a acreditar que minha vida havia acabado. Estudei ciência política, sou uma feminista e, ainda assim, essa merda deu um jeito de se instalar no meu cérebro. Estava definitivamente convencida de que, após uma certa idade, eu não valeria nada”, escreveu ela numa declaração à imprensa.
Para confrontar essa sensação tóxica, Fargeat escreveu “A Substância”, filme que estreia nos cinemas brasileiros na próxima quinta-feira (20).
E, assim, aos 47 anos, ela não apenas competiu pela Palma de Ouro do último Festival de Cannes, como ganhou o prêmio de Melhor Roteiro pelo seu longa.
E tem mais.
A cineasta reacendeu a carreira de Demi Moore, a atriz mais bem paga dos anos 90, em um papel corajoso em que requer uma dedicação extrema aos 60 anos, a demoção de qualquer sinal de vaidade e um leque dramático possivelmente inédito na carreira da estrela de “Proposta Indecente” e “Ghost - O Outro Lado da Vida”.
Tendo dito isso, nada pode te preparar para a experiência grotesca, alucinógena e exigente de “A Substância”.