Afinal, qual o Tom Cruise real?
Visitei o set de "Missão: Impossível 3" em dois países, entrevistei o astro de "Top Gun" em Viena e ainda acompanhei suas passagens pelo Brasil. O que aprendi nestas experiências.
No momento em que você lê estas palavras, “Top Gun: Maverick” ultrapassa a marca de US$ 1,2 bilhão nas bilheterias mundiais.
A sequência pode repetir o feito do longa original, que foi o campeão das bilheterias do ano em que foi lançado (1986).
E pode render um pagamento entre US$ 60 e US$ 100 milhões ao seu grande astro, Tom Cruise, que abriu mão de um salário maior para receber uma porcentagem de cada ingresso vendido pelo estúdio.
Como os rendimentos são divididos com as cadeias de cinema, estima-se que a Paramount receba mais de US$ 600 milhões no fim da carreira do filme, gerando, no mínimo, US$ 60 milhões para o ator, que teve um salário inicial de US$ 12 milhões.
Dinheiro é bom, mas não é tudo.
Muito menos para Tom Cruise. Há algo muito mais importante.
O que acontece com “Top Gun: Maverick” é a reconstrução de sua imagem, que foi, por muito tempo, uma montanha-russa.
Posso dizer isso, porque acompanhei de perto dois momentos extremos da carreira do astro: o primeiro em 2005/2006, quando viajei com a tropa de Cruise para cobrir as filmagens de “Missão: Impossível 3”, nos arredores de Los Angeles e Xangai, China; e o segundo, dez anos depois, em Viena, Áustria, quando reencontrei o ator na première mundial de “Missão: Impossível – Nação Secreta”.
Acho que a pergunta que mais ouço quando falo que entrevisto atores e diretores é: “Tom Cruise é gente boa?”