Aos mestres, com carinho.
Octogenários, Hayao Miyazaki e Martin Scorsese preparam suas despedidas com filmes tão familiares quanto necessários.
Quentin Tarantino fez 60 anos em março de 2023.
Mas ele insiste que “The Movie Critic”, que deve sair em 2024 ou 2025, será seu último filme.
“Conheço a história do cinema. Daqui em diante, diretores não ficam melhores”, disse em entrevista ao programa de Bill Maher.
É difícil argumentar contra o cineasta.
Raramente um grande diretor nos 70, 80 anos, consegue lançar um novo filme tão bom ou melhor que os seus trabalhos quando mais jovem.
Não que sejam ruins, mas não têm a mesma força, inovação e relevância de suas obras consideradas seminais. Clint Eastwood talvez seja a exceção mais conhecida.
Normal.
Por exemplo:
William Friedkin fez “Killer Joe” com 66 anos. Filmaço. Mas dá para colocar no mesmo patamar de “Operação França” e “O Exorcista”, criados no início dos anos 70?
É o que podemos nos perguntar em relação a “Assassinos da Lua das Flores” e “The Boy and the Heron”, novos filmes dos mestres Hayao Miyazaki e Martin Scorsese, ambos já trafegando nos 80 anos e já dando várias declarações sobre aposentadoria e carreira.
Os dois não vão embora sem luta.