"Back to Black" é uma ofensa à memória de Amy Winehouse
Filme protagonizado pela ótima Marisa Abela é um conto de fadas mal dirigido que absolve todos, menos a sua protagonista.
Nesta edição:
O filme que Amy Winehouse não merecia.
Alice Braga e Joel Edgerton no multiverso da loucura.
Música, sexo e política em filme brasileiro.
Anne Hathaway e mais música pop.
Acha pouco: então temos mais Música da semana.
Na primeira cena de “Back to Black”, filme que, supostamente, seria sobre a criação de um dos maiores álbuns do jazz-pop moderno, uma jovem Amy Winehouse (Marisa Abela) está sentada à mesa com a família do pai.
Sua avó, Nan (Lesley Manville), recrimina a jovem por fumar no local. Ela a obedece. A senhora que foi a grande inspiração de Amy se aproxima da neta e afasta uma garrafa de vinho para o outro lado da mesa.
Segundos depois, as duas passam por fotos antigas de Nan como cantora, debatem a importância de antigas divas do jazz e Amy começa a cantar para deleite da família inteira.
Como vocês podem notar, “Back to Black”, que estreia nos cinemas brasileiros em 16 de maio, passa longe de qualquer sutileza para retratar uma das cantoras e compositoras mais complexas e talentosas a surgir no pop dos anos 2000: Amy Winehouse foi um furacão de controvérsias e hits até sua morte, em 23 de julho de 2011, aos 27 anos.
E poucas vezes vi uma biografia ofender tanto a história de uma figura real.