Diretor de "Midsommar" retorna com drama épico esquisito e perdido
Esta edição da newsletter é dominada pelo cinema! De "Beau Tem Medo" e vampiros até novo filme indie com estrela de Oscar.
Fui o primeiro jornalista brasileiro a entrevistar o cineasta Ari Aster ainda por “Hereditário”, seu filme de estreia. Na segunda vez que o encontrei em Los Angeles, para conversarmos sobre “Midsommar”, ele me falou o seguinte no fim do papo publicado pela “Folha de S. Paulo”, em setembro de 2019:
“Acho que terminei com o horror por um tempo. Amo o gênero e tenho certeza de que voltarei a ele. Estou escolhendo o próximo projeto entre os roteiros que já escrevi. Pode ser uma comédia sombria ou um drama familiar épico”, diz Aster, completando com um sorriso de canto de boca. “Ambos são bem esquisitos.”
Aster não estava mentindo para mim.
Quatro anos depois, o diretor e roteirista lança “Beau Tem Medo”, um “drama familiar épico” que ele próprio rotulou espertamente de “‘O Senhor dos Anéis’ judeu, mas com o personagem indo somente rumo à casa da mãe.”
E é esquisito. BEM ESQUISITO!