Filme sobre sexo sem... sexo
"Rivais", novo e eletrizante longa de Luca Guadagnino, traz Zendaya no comando de triângulo amoroso para nova geração.
Nesta edição:
Zendaya fala sobre sua preparação para “Rivais”.
Os Pés-Grandes morreram de tédio.
O novo fenômeno da Netflix.
Universo de “Sandman” se expande.
Tarantino desiste do novo filme.
Música da semana.
Durante uma entrevista para alguns membros da imprensa especializada, em Los Angeles, a produtora Amy Pascal declarou que “é muito raro que longas comerciais falem sobre relações adultas e sexo”, que estava “cansada disso” e que “era hora das pessoas se beijarem nos filmes”.
Por causa disso, Pascal teria decidido produzir “Rivais”, filme que estreou nos cinemas brasileiros e norte-americanos nesta semana.
Louvável que a ex-Todo-poderosa da Sony e chefe de parte da franquia “Homem-Aranha” tenha aderido à campanha anticaretice para combater o medo do sexo em Hollywood.
Contudo, chega a ser um pouco assustador que “Rivais” seja um filme sobre sexo sem sexo.
Se o longa sobre um triângulo amoroso no mundo do tênis fosse um método anticonceptivo, ele seria um coito interrompido.
Um não, vários.
Será que a estratégia prejudica o jogo do cineasta Luca Guadagnino, que propõe algo similar em quase todos os seus longas, de “Me Chame Pelo Seu Nome” (2017) a “Até os Ossos” (2022)?