Nasce uma estrela!
Um dos melhores filmes de estreia dos últimos anos, "Sorry, Baby" revela a diretora, roteirista e atriz Eva Victor.
Eva Victor será uma estrela.
Não por ter nascido em Paris e criada em San Francisco.
Não por sua participação em “Billions”.
Nem mesmo por ter viralizado nas redes sociais durante a pandemia pelos seus vídeos cômicos irônicos.
Eva Victor será uma estrela por ser uma roteirista tão delicada quanto mordaz, uma espécie de prima norte-americana de Phoebe Waller-Bridge; e uma diretora sensível e criativa dentro das suas limitações que lembra uma mistura de David Lowery com Kelly Reichardt.
Posso estar errado.
Mas é a impressão que “Sorry, Baby”, filme de estreia de Victor, passa.
O longa conquistou o último Festival de Sundance, foi comprado pela poderosa A24 e estreou no circuito comercial norte-americano há alguns dias -ainda não tem data oficial no Brasil, mas, se a Mostra de São Paulo for esperta, corre atrás.
Acho que desde a cena do Padre-Gato (Andrew Scott) e Fleabag (Waller-Bridge) na parada de ônibus que não assistia a algo tão delicado, doloroso e incômodo.
Com uma diferença mais poderosa: “Sorry, Baby” te deixa no escuro por boa parte do seu início.