Nunca pensei que fosse escrever isso
Mas Zac Efron merece um lugar entre os indicados ao Oscar 2024 de Melhor Ator pelo trabalho no bom "Garra de Ferro".
Nesta edição:
Hollywood pode ser a capital das aparências de plástico e do frívolo.
Mas ela é muito mais complexa que nossos julgamentos permitem transparecer.
Nomes surgem do nada para o estrelato.
Atores sem o menor currículo ganham papeis de destaque.
Roteiristas que nunca tiveram seus nomes em créditos se tornam responsáveis instantâneos por franquias de centenas de milhões de dólares.
O inverso também funciona.
Atores que são trancafiados em caixinhas estereotipadas sofrem por não conseguirem sair dos seus gêneros e terminam massacrados pela crítica.
Roteiristas de qualidade têm suas obras destruídas por comitês que exigem mudanças para satisfazer suas necessidades -”criativas” ou financeiras e viram quase tóxicos para os cinéfilos.
Obviamente que alguns merecem seus rótulos. Não vamos ser inocentes.
Ao mesmo tempo, precisamos ter uma certa calma antes de fazer pré-julgamentos sobre uma carreira.
Por exemplo:
Craig Mazin, antes de se tornar o aclamado roteirista de “Chernobyl” e “The Last Of Us”, havia escrito pérolas como “Todo Mundo em Pânico 3” (e 4), “Super-Herói: O Filme”, “O Caçador e A Rainha de Gelo” e as sequências de “Se Beber, Não Case”.
Robert Pattinson e Kristen Stewart, que poderiam muito bem viver de projetos milionários depois de “Crepúsculo”, decidiram apostar em filmes indies e ousados.
E assim chegamos a Zachary David Alexander Efron.
Ou apenas Zac Efron.