O cinema espetáculo respira em "O Homem do Norte"!
Veja como Robert Eggers lutou contra um processo novo para criar um épico nórdico imersivo e violento que bebe de "Conan", Tolkien e um certo game.
Durante a sessão de imprensa de “O Homem do Norte”, em Los Angeles, me peguei pensando se Robert Eggers, diretor do longa, era Ari Aster, cineasta de “Hereditário”.
Ambos são americanos da Costa Leste na casa dos 30 e poucos anos.
Ambos começaram a carreira comandando filmes de horror -Aster dirigiu o violento “Hereditário”, enquanto Eggers apareceu com o soturno “A Bruxa”, produzido pela brasileira RT Features.
Ambos são obcecados por rituais e representação histórica, características que trazem aos seus longas -tanto que, antes das sessões de “Hereditário” nos EUA, panfletos sobre os rituais utilizados no filme eram distribuídos entre os espectadores.
E ambos, no auge do hype de início de carreira, desviaram sua atenção para o folclore nórdico.
Aster fez uma fábula de horror escandinava com “Midsommar”, em 2019, movido por uma oportunidade financeira para trabalhar com uma produtora sueca -e um pé na bunda da namorada.
Já Eggers aparece em 2022 com sua versão do conto viking folclórico do século 12, o mesmo que inspirou William Shakespeare a escrever “Hamlet”.
E, assim, nasceu “O Homem do Norte”, um dos filmes mais espetaculares, violentos e cinemáticos dos últimos anos.