O streaming repete erros do cinema
Os serviços estão adotando táticas que já deram errado na indústria cinematográfica. Será a solução ou o fim?
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Caso você não tenha notado, a bolha do streaming estourou.
A farra dos salários astronômicos para criadores pode não ter sido extinta, mas será um caso raro e sem os mesmos valores de antes -quem mamou, mamou.
Os serviços de streaming estão cortando gastos depois de um período de bonança inesperado (pandemia).
Séries precisam atingir números altíssimos de retenção para garantir uma renovação.
Os orçamentos estão menores. As produtoras, que mais sofrem nas mãos das grandes empresas, estão começando a se rebelar contra o sistema.
Há uma greve de roteiristas se formando no horizonte, muito por causa dos péssimos salários pagos à categoria pelo sistema viciado que começa nos exigentes streamings.
Os serviços todos estão se rendendo ao formato antigo, inserindo planos com “intervalos comerciais” para justificar aumentos de preços e mensalidades que eles consideram acessíveis, mas que, ao somarmos tudo que queremos ver, chegam ao patamar das “ultrapassadas” TVs a cabo.
Na ânsia para tentarem se aproximar da Netflix, outros serviços de streaming começam a apelar de forma grotesca, cometendo os mesmos erros da indústria que eles esperam renovar em outro formato.
A “nova TV” parece cada vez mais com o “velho cinema”.
Quer saber por quê?