Os 10 Melhores Filmes de 2024... até agora
A seleção traz boas obras indie, surpresas, blockbusters, europeus inéditos e até longas de horror! Veja a lista.
O primeiro semestre de 2024 nos cinemas foi um verdadeiro campo de batalha sem grandes vencedores.
Blockbusters ficaram pelo caminho. O gênero de terror mostrou um certo cansaço nas bilheterias. Filmes originais de orçamento médio sumiram das salas.
Mas nem tudo foi deprimente nestes últimos meses.
“Duna - Parte 2” conseguiu unir crítica e público, “Guerra Civil” se tornou um sucesso de US$ 125 milhões para a A24 e as férias trouxeram um grande alento com os recordes batidos por “Divertida Mente 2” e “Twisters” -e, provavelmente, “Deadpool e Wolverine” daqui a pouco.
Fora da discussão sobre dinheiro, arrecadação, sucesso e fracasso, ótimos longas povoaram os cinemas (e alguns streamings) com temas urgentes e uma vontade de deixar sua marca no gênero.
Na lista dos 10 melhores filmes de 2024 até agora, há de tudo: de terror a dramas, de arrasa-quarteirão a independentes, de americanos a estrangeiros, de inéditos no Brasil a produções estreladas por brasileiros.
A minha seleção foi claramente afetada pela greve do ano passado em Hollywood, que alterou não apenas a criação das obras, mas a sua própria distribuição.
Mesmo assim, há alguns títulos com força suficiente para fazer bonito quando a temporada de premiações esquentar, daqui a menos de dois meses.
E começamos pela sensação…
10 - I Saw The TV Glow
Nada é fácil neste segundo filme de Jane Schoenbrun. Se você tiver um olhar unidimensional sobre a obra, verá uma vagarosa fantasia sinistra sobre Owen e Maddy, dois adolescentes deslocados dos anos 90 vividos por Justice Smith e Brigette Lundy-Paine. Eles se unem pela paixão pela série de TV chamada “The Pink Opaque” (uma versão mais tosca de “Charmed”) e ficam amigos.
Mas o longa vai muito além de uma história de amizade estranha quando Maddy desaparece e retorna, anos depois, clamando ter ficado aquele tempo todo dentro de “The Pink Opaque”.
Brincando com formatos e linguagens visuais diferentes, Schoenbrun constrói uma história devastadora sobre identidade sexual, gênero, abusos domésticos e saúde mental que culmina com um dos terceiros atos mais perturbadores dos últimos anos. Ver apenas uma vez não é suficiente.