Sandman: sonho ou pesadelo
Segunda temporada da série baseada no clássico das HQs chega manchada pelos escândalos do seu criador, Neil Gaiman.
Nesta edição:
Retorno de “Sandman”
É possível separar os escândalos de Neil Gaiman da sua obra?
Segunda temporada mostra evolução, mas é tarde demais
“De Volta para o Futuro” completa 40 anos e comemore em Los Angeles
Morre Michael Madsen, um dos irmãos Vega
Atriz queridinha indie funda estúdio de filmes em IA.
O streaming que mais cresce nos EUA. E você nem sabia
Música da semana
Estação de névoas, doce e fecunda!
Amiga do peito do sol maduro
Conspiras como ele em abençoar
As vinhas, até os cumes encher de fruto
O poema “Ode ao Outono”, de John Keats, ajudou Neil Gaiman a batizar o terceiro arco de Sonho, ou Morpheus, nos quadrinhos.
“Estação das Brumas” talvez seja a trama mais querida dos fãs do Sonhar. Foi quando a HQ “Sandman” encontrou sua química perfeita entre texto e arte, entre poesia e história, entre literatura e religião.
Repleta de interlúdios, movida por diferentes pontos de vista e apinhada de personagens mitológicos, “Estação das Brumas” sempre pareceu inadaptável.
Mas é ela que abre a segunda e última temporada de “Sandman”, que foi dividida em duas partes, cada uma com seis episódios. E é onde também a série finalmente se encontra.
A primeira fornada estreou nesta quinta (3), na Netflix, enquanto a segunda chega em 24 de julho. Para completar, há o especial “Morte: O Alto Custo da Vida”, previsto para 31 de julho.
É difícil desvencilhar “Sandman” das notícias envolvendo Gaiman, acusado por oito mulheres de abuso sexual, má conduta sexual e até tráfico humano.
Principalmente quando o tema central de “Estação das Brumas” é sobre o Lorde dos Sonhos (Tom Sturridge) em busca de Nada (Deborah Oyelade), rainha do povo original condenada por ele a milhares de anos no inferno apenas por não querer mais ter um relacionamento com o Perpétuo.
Relacionamento tóxico levado às últimas consequências.