Ser feliz é difícil
Não apenas na vida, mas também no cinema. Uma mulher quer mudar isso com um baita novo filme.
Também nesta edição:
Nova (e boa) série distópica
Música da semana
Perfil mais bizarro de Hollywood
Teaser de sorteio para assinantes
Durante décadas, as mulheres raramente viam suas infâncias e adolescências representadas da maneira correta em Hollywood.
Tirando um “Patricinhas de Beverly Hills” aqui e um “Menina Malvadas” ali, a ideia obtusa que Hollywood tinha do seu público feminino mais jovem era a de que estava interessado em animações de princesas ou romances açucarados.
Filmes adolescentes eram reservados para os garotos cumprirem o ritual de perda da virgindade ou algo parecido. As aventuras teen eram todas protagonizadas por jovens que um dia virariam adultos extraordinários e faziam aquilo para ganhar o coração da donzela frágil.
Anos e anos de lavagem cerebral.
E tem marmanjo chorando de raiva ao ver Rey virar uma Jedi poderosa sem muito esforço na nova trilogia “Star Wars”.
Vamos ser honestos, um moleque normal virar salvador da pátria é basicamente a premissa de centenas de filmes dos anos 80 e 90, quando o grupo etário começou a ser explorado tematicamente com fervor por Hollywood.
E nem por isso você via protestos das mulheres.
Chegou a hora de ampliar o horizonte.
Nos últimos anos, vários filmes adolescentes fizeram isso. Exceções como “As Virgens Suicidas” (1999), “Juno” (2007), “Aos 13” (2003) e “Quatro Amigas e um Jeans Viajante” começaram a receber a companhia mais solta e povoada de “Plano B”, “Nunca, Raramente, Às Vezes, Sempre”, “Lady Bird”, “O Diário de uma Adolescente”, “Unpregnant”, “Little Woods”, “Fora de Série” e muitos outros -sem contar as dezenas de séries bacanas.
Ainda é pouco.
E não esqueci de “Quase 18”, que iluminou a carreira de Hailee Steinfeld, uma das melhores atrizes jovens da atualidade.
É por causa dele que estou fazendo a newsletter desta semana.
Estamos diante de um novo clássico adolescente.