"The Bear" retorna mais chique e experimental, mas paga o preço
Os 10 episódios da terceira temporada da série de sucesso estreiam nos EUA -o Brasil precisa esperar um pouco mais.
Nesta edição:
Tudo sobre a nova temporada de “The Bear”.
O novo “Um Lugar Silencioso”.
Mais “The Bear” em Música da Semana.
Numa das primeiras interações entre os chefs Carmy (Jeremy Allen White) e Sydney (Ayo Edebiri) na novíssima terceira temporada de “The Bear” (“O Urso”), ela pergunta para seu parceiro-que-parece-seu-chefe a razão do restaurante que acabaram de abrir mudar o cardápio todos os dias, ele responde: “Para que eles vejam tudo que somos capazes de fazer”.
Mesmo tendo vencido todos os prêmios possíveis para uma série de TV, o criador, diretor e roteirista Christopher Storer chega ao novo ano mudando o cardápio novamente e querendo mostrar “tudo que é capaz de fazer” com “The Bear”.
E assim, a série, assim como o restaurante, fica mais elegante e experimental, mas paga um preço emocional.
Assim como Carmy aprende, nenhuma ambição grandiosa vem de graça. Ele quer a melhor manteiga (“De Vermont”, grita ele para o tio/financiador vivido por Oliver Platt), potes idênticos de cerâmica (“Você acha que são iguais? Foda-se”, esgoela-se na direção do seu primo e host Richie, interpretado por Ebon Moss-Bachrach), pratos lindos e deliciosos, um serviço impecável e um ambiente controlado.
Em troca, ele dá suas horas, sua vida, seu lazer, seus amores e, acima de tudo, sua saúde mental.
A ousadia terceira temporada de “The Bear” não exige tanto ao ponto de se tornar uma criatura incontrolável.
Começa de uma maneira inesperada, talvez até demais.
Mas logo adiciona os ingredientes que fizeram a série do Hulu/Disney+ se tornar um fenômeno pop recente.