Você vai acreditar que um homem pode voar. Novamente!
Documentário emocionante traz cenas e entrevistas inéditas sobre Christopher Reeve, ícone trágico do cinema pop.
Qual o segredo de “Superman - O Filme”, um longa de 1978, ainda ter um lugar no Olimpo das grandes produções de super-heróis?
Nestas mais de quatro décadas, os efeitos visuais revolucionários para a época ficaram ultrapassados. Seus perigos mudaram assim como o mundo. Seus vilões ficaram mais sérios e sisudos. A resolução, uma grande fantasia inocente.
Ainda assim, você acredita realmente que um homem pode voar.
“Tem tudo a ver com o olhar”, explica Christopher Reeve, ator que saiu dos ensaios de uma peça Off-Broadway com William Hurt para se tornar a versão em carne-e-osso do super-herói mais icônico dos quadrinhos. “Voar é algo que sempre foi natural para mim. Certamente, isso me ajudou com ‘Superman’.”
Reeve já pilotava aviões antes mesmo de assumir o papel no filme de Richard Donner. Entender a física do voo ajudou a complementar às inovações da equipe de efeitos visuais de Roy Field, contratada especialmente para desvendar as sequências nas alturas. O ator demonstra que os ângulos de curva inspirados nas aeronaves, a concentração, o olhar e a postura foram essenciais para transmitir a sensação de voo que muitos filmes modernos não conseguem replicar.
Essa é uma das muitas histórias que o documentário “Super/Man: The Christopher Reeve Story”, previsto para estrear nos EUA, em circuito limitado em setembro, data de aniversário do ator.
Mas o filme vai muito além do Superman da ficção. Ele é um mergulho profundo na vida, nas tragédias e na superação do homem que sofreu um acidente montando um cavalo, em 1995, e ficou tetraplégico e respirando com a ajuda de aparelhos até sua morte, em 2004, aos 52 anos.