Desafiador do Desconhecido

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A ascensão e queda de Karla Sofía Gascón em 24 horas
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A ascensão e queda de Karla Sofía Gascón em 24 horas

Atriz passou boa parte do ano passado como favorita ao Oscar, mas viu tudo ruir em um dia. Como isso impacta a briga entre "Emilia Pérez" e "Ainda Estou Aqui"?

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Rodrigo Salem
Feb 04, 2025
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Nesta edição:

  • As redes sociais devem mudar o Oscar para sempre.

  • Não mexa com o Brasil: a presença online influencia na premiação e explico o porquê.

  • Karla Sofía Gascón destrói suas chances de Oscar.

  • Membro da Academia escreve carta aberta à atriz.

  • Qual o impacto das controvérsias da atriz na briga de “Ainda Estou Aqui” em Melhor Filme Internacional?

  • As próximas premiações vão definir futuro da corrida.


O Oscar 2025 promete ser histórico. Não apenas por alguma marca quebrada durante a premiação, mas por ser um divisor de águas nas campanhas por uma estatueta.

Depois de 2025, nada mais será o mesmo.

As redes sociais chegaram de vez ao prêmio mais famoso do cinema.

Mas não foi uma chegada surpreendente.

Elas estavam entre nós faz algum tempo, mas o a mudança na dinâmica dos algoritmos de algumas plataformas e o fato de termos um clima de Copa do Mundo com as indicações de “Ainda Estou Aqui” e Fernanda Torres deram outra proporção à influência online entre votantes do Oscar.

O comediante Kevin Hart sabe muito bem disso. Em dezembro de 2018, ele anunciou que realizaria seu grande sonho de apresentar o Oscar. Hart teve de renunciar à função depois que antigos tuítes com piadas homofóbicas vieram à tona.

No ano seguinte, Nick Vallelonga, roteirista de “Green Book” apagou seu Twitter porque desencavaram publicações de sua autoria propagando a falsa notícia de que muçulmanos foram vistos comemorando os ataques de 11 de setembro nos EUA. Ele terminou vencendo o Oscar de Melhor Roteiro e o filme foi o grande vencedor da noite.

Mas nem apenas de antigos tuítes preconceituosos vivem as redes sociais oscarizadas.

Em 2023, a Academia precisou endurecer suas regras sobre promoção de candidatos após a polêmica e inesperada indicação da atriz Andrea Riseborough ao Oscar. Protagonista de um longa de baixíssimo orçamento chamado “To Leslie”, Riseborough veio do nada e, na última hora, conseguiu uma vaga entre as cinco atrizes na corrida por uma estatueta.

Isso acendeu um alerta. Uma investigação foi conduzida pela Academia, que descobriu uma campanha de guerrilha conduzida pelo diretor Michael Morris e sua mulher, a atriz Mary McCormack: eles teriam ligado para vários colegas votantes pedindo apoio ao longa nas suas redes sociais. Atrizes como Kate Winslet, Amy Adams e Gwyneth Paltrow atenderam ao clamor dos amigos.

De acordo com as regras do Oscar, membros da Academia não podem se envolver diretamente na reta final das campanhas.

As próprias redes sociais de “To Leslie” publicaram trecho de uma crítica favorável ao longa, mas comparando à interpretação de Riseborough à de Cate Blanchett em “Tár”. Também outra irregularidade, pois concorrentes não podem ser citados pelas equipes adversárias.

Marc Maron, outro protagonista de “To Leslie” chamou essas regras de “elitistas e, francamente, ultrapassadas”.

Não deixa de ter razão. De qualquer maneira, Riseborough concorreu normalmente. Foi advertida, mas nada aconteceu.

E perdeu para Michelle Yeoh, atriz de “Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo” que também teve de apagar um tuíte da sua conta oficial após postar trecho de um artigo da revista “Vogue” que proclamava que Cate Blanchett não deveria ganhar seu terceiro Oscar.

Isso às vésperas do fim da votação.

Depois desta confusão, a Academia adotou regras mais rígidas para as redes sociais de votantes ou concorrentes.

A ideia era ter um período de votação com menos influência externa.

Mas não adiantou.

O Oscar 2025 começou mais quente que nunca.

Semana passada, escrevi sobre as sujeiras do Oscar em diversos anos.

Eu mal sabia que aquilo era apenas a ponta do iceberg.

Antes de mais nada, é preciso entender que as redes sociais estão mudando toda a dinâmica da premiação. É um sistema com diversas ramificações, algumas que o público desatento nem pensa.

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