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Oscar 2025: o fim da inocência
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Oscar 2025: o fim da inocência

Ressurgimento do vídeo de Fernanda Torres com blackface lembra como a campanha pelo prêmio mais famoso do cinema pode ser suja e semelhante às eleições políticas.

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Rodrigo Salem
Jan 28, 2025
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Nesta edição:

  • Imprensa norte-americana repercute blackface de Fernanda Torres.

  • Como isso afeta a campanha de “Ainda Estou Aqui”?

  • Qual o impacto da controvérsia?

  • Polêmica não é exclusividade da brasileira. Demi Moore e as outras indicadas também estão virando alvo.

  • Veja outras campanhas que sofreram ataques no passado.

  • Executiva de “Shakespeare Apaixonado” pode atrapalhar novamente o prêmio para uma atriz brasileira.


Na semana passada, escrevi o que “Ainda Estou Aqui” poderia fazer para ter mais chances de trazer o Oscar para o brasil. No texto, dizia como a má repercussão de “Emilia Pérez” no México poderia abrir caminho para o longa brasileiro.

Nas minhas declarações ou análises, tento sempre ressaltar a alta volatilidade das campanhas do Oscar. Nem sempre o favorito em outubro é o vencedor em fevereiro/março. Nem sempre aquela barbada dos festivais do meio do ano se confirma no início do ano seguinte.

Sendo honesto, tudo pode mudar em uma semana.

E está acontecendo.

Na reta final pela estatueta, tudo fica ainda mais acirrado.

No período de votação, o favorito “O Brutalista” foi atingido pelo fogo amigo do seu montador, que, na maior inocência, revelou que o longa teve auxílio da inteligência artificial para ressaltar a fluidez nativa dos seus atores que falavam em húngaro. Os detratores tentaram emplacar que o design das peças arquitetônicas do personagem de Adrien Brody também teria sido obra de AI, mas o diretor Brady Corbet desmentiu imediatamente.

O mesmo aconteceu com “Emilia Pérez”, que usou o artifício para melhorar o sotaque mexicano do elenco não-mexicano. Mas isso foi até fichinha para um longa que enfrenta ataques (sotaques, experiências LGBTQ erradas, propagação de falso estereótipo etc.) desde o ano passado, tanto da extrema direita quanto dos liberais extremistas.

Com três Oscar na bagagem, sendo um deles para Melhor Filme, e uma campanha em ascensão, claro que “Ainda Estou Aqui” viraria alvo de um pente fino.

No fim de semana seguinte às indicações ao Oscar, um vídeo de 2008 do “Fantástico” no qual Fernanda Torres faz blackface (quando uma pessoa se pinta de preto para ressaltar estereótipos da comunidade negra), no quadro “Sexo Oposto”, foi “descoberto pela Internet” e viralizou.

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