Desafiador do Desconhecido

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"A história sempre tem prioridade", diz George Miller

"A história sempre tem prioridade", diz George Miller

Diretor da saga "Mad Max" fala sobre os desafios de "Furiosa", a relação entre medicina e cinema, efeitos visuais e mais.

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Rodrigo Salem
May 24, 2024
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"A história sempre tem prioridade", diz George Miller
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George Miller é uma pessoa especial.

Não por ter nascido numa cidade chamada Chinchilla, que também carrega o apelido de “A Capital Australiana do Melão”.

Não por ter trocado a medicina pelas câmeras de cinema quando jovem.

Nem por ter criado a saga “Mad Max”, possivelmente a série pós-apocalíptica mais famosa do cinema.

Nem mesmo por se provar como um dos cineastas mais ecléticos da indústria, levando Oscar de animação por “Happy Feet: O Pinguim”, produzindo (e corroteirizando) o sucesso “Babe - O Porquinho Atrapalhado” e ressuscitando “Mad Max” no adrenalinesco “Estrada da Fúria”, 30 anos depois do fim da trilogia original, quando ele já estava com quase sete décadas nas costas.

Até nos fracassos, Miller se mostra inabalável, caso do ótimo “Era Uma Vez Um Gênio”, uma história de amor abstrata que poucos tiveram a sensibilidade de seguir.

George Miller é uma pessoa especial porque é um humanista acima de tudo. Enxerga o cinema como algo muito maior que números de bilheteria, mesmo que ele os deseje. Ele pode errar, mas sempre procurando trazer alguma mensagem maior em seus longas.

Beirando os 80 anos, Miller está de volta com “Furiosa”, quinto filme da franquia “Mad Max” que entrou em cartaz nos cinemas brasileiros. Ele agora troca Max por Furiosa, a personagem que roubou a cena em “Estrada da Fúria” na pele de Charlize Theron.

E a newsletter traz algumas palavras de ordem do diretor numa entrevista concedida à imprensa internacional na semana da estreia do longa, agora estrelado por Anya Taylor-Joy.

Poucos cineastas possuem respostas tão fascinantes quantos seus filmes.

Aproveitem.

Fala, George!

O segredo da longevidade de “Mad Max”

Sabe, não acredito que existe uma única resposta para isso. E é a razão por ainda querer contar esse tipo de história. São basicamente alegorias, assim como o faroeste americano era uma alegoria. Serve para tudo, desde contos de fadas e mitologias, até histórias religiosas, nas quais a história depende dos olhos de quem a enxerga, onde quer que esteja no tempo ou no espaço. É uma reposta às coisas da história que chegam até você. Acho que há muito disso no cinema, que tem a tendência de possuir algo mais profundo que aparenta. Talvez seja esse o motivo [da longevidade]. Mas ninguém sabe. Conto as histórias e as ofereço às pessoas. Elas fazem o que quiserem.

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